Os avanços tecnológicos multiplicam-se rapidamente e trazem novas tendências e ferramentas que, em pouco tempo, tornam-se essenciais para a comodidade de todos. Mas como encarar essa transformação, inserindo o fator humano nesse processo? Essa foi a questão que o especialista em inovação e economia digital, Gil Giardelli, tentou responder em sua palestra “Futuro inteligente além da inovação”, realizada no 28º Congresso & ExpoFenabrave.
Giardelli acredita que todos os avanços da sociedade, incluindo as tecnologias, passam necessariamente por rupturas e pela “desobediência”, desde que dentro da ética. “Não há evolução sem desobediência de velhos padrões. Essa ‘rebeldia’ é saudável para avançarmos, seja na área de pesquisas, métodos, processos e tecnologia”, argumentou.
Dessa forma, o mundo está cada vez mais imerso numa era cognitiva, passando do que é tangível para o intangível. Nesse contexto, segundo Giardelli, as pessoas desejam experiências, não somente produtos ou serviços. E a moeda que representa o valor dessas experiências é a emoção.
Em um momento tão tecnológico, Giardelli reforçou que o caminho para que as Concessionárias e seus funcionários sejam necessários passa pelo estudo e pela inovação do conhecimento. “A inteligência artificial, em pouco tempo, passará a ser requisito para a maioria dos empregos. Mas, acredito que o desemprego tecnológico só acontecerá para aqueles que não forem capazes de inovar, que não conseguirem romper com velhos modelos e se adaptar aos novos. É preciso fazer a gestão do presente, da mudança e do futuro”, explicou.
Diante do domínio tecnológico, no entanto, Giardelli sugeriu que se faça o caminho contrário, de retomar os contatos humanos e viver as experiências. “O futuro será inteligente, mas exigirá o fator humano como diferencial para propiciar experiências e emoções aos novos consumidores. E encontraremos as respostas, quando todos se juntarem para entender que unidos somos melhores”, ressaltou.