HISTÓRIAS SOBRE RODAS
Na editoria “Histórias sobre Rodas”, contamos as trajetórias mais fascinantes de veículos CJDR e seus donos. Hoje, apresentamos um Jeep Wrangler diesel único no Brasil, pertencente a Philip Derderian, Diretor Executivo da Associação Brasileira dos Distribuidores Ram, Jeep, Dodge e Chrysler (ABRAJEEP). Mais do que um carro, esse Jeep carrega uma história de desafios, superação e paixão pela marca.
Derderian completa, em 2025, uma década à frente da Associação, período marcado por conquistas e um trabalho incansável para fortalecer o segmento off-road no país. E não poderia haver um símbolo melhor para essa jornada do que o seu Wrangler 2007, verde escuro, movido a diesel – um modelo que quase não existiu no Brasil.
Uma História de Persistência
Este Jeep tem uma origem peculiar: foi importado diretamente pela Montadora, na época DaimlerChrysler, para um projeto que visava homologar a versão diesel no Brasil. Havia um enorme potencial de mercado para esse modelo, desde trilheiros até aplicações governamentais. Entretanto, desafios tecnológicos e regulatórios tornaram essa missão quase impossível. O engenheiro Edson Kyohara, então gerente de Pós-Vendas na época, liderou os esforços para viabilizar a homologação, mas as barreiras impostas pela legislação brasileira e a crise americana acabaram freando o projeto.
Mesmo assim, o sonho nunca morreu. Em 2015, com a inauguração da fábrica da Jeep no Brasil e a chegada do Renegade a diesel, a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) (atual Stellantis) finalmente quebrou as barreiras. Engenheiros visionários como Carlos Eugênio Dutra abraçaram a causa e provaram que havia um enorme mercado para os Jeep’s a diesel. Para Derderian, o seu Wrangler simboliza essa jornada de persistência e conquista.
O Lagartão: Um Jeep com História Internacional
Apesar de hoje ser utilizado apenas na cidade, o Lagartão – apelido carinhoso dado pelo Executivo por representar superação, existência e ter gerado muitos filhos – já teve também suas aventuras internacionais. Entre 2007 e 2008, percorreu as paisagens inóspitas da Patagônia, provando sua robustez e capacidade off-road.
Com apenas 57.000 km rodados em mais de 18 anos, o Jeep se mantém em estado impecável. Derderian se dedica a sua manutenção com o mesmo zelo de quem cuida de uma relíquia. “Sigo rigorosamente as orientações da antiga Chrysler e conto com mecânicos especializados para garantir o bom funcionamento do motor VM Motori 2.8L turbo diesel, com câmbio automático de 6 marchas e com reduzidas 4×4. Apesar de algumas peças exigirem importação, a robustez do veículo minimiza a necessidade de manutenções complexas”, explicou o Diretor Executivo.
Uma Relíquia Desejada
De acordo com Philip Derderian, ter um Wrangler diesel de 2007 no Brasil não passa despercebido. E completou: “Quem conhece a fundo os Jeep’s sempre me pergunta onde consegui essa raridade. Muitos me parabenizam e expressam o desejo de ter um modelo semelhante”. A exclusividade e a história do carro tornam a ideia de vendê-lo algo quase impensável. “Se alguém fizesse uma oferta muito boa, eu teria que pensar bastante para não me arrepender”, brincou.
O desejo por modelos exclusivos continua vivo, e Derderian não descarta a possibilidade de adquirir um novo Jeep especial no futuro – “se o dólar ajudar, claro”! Mas, por enquanto, o Lagartão segue firme, carregando não apenas um motor potente, mas também uma narrativa de luta, paixão e dedicação ao mundo off-road.
Derderian até cogita escrever um livro sobre sua trajetória com o carro. “E, sinceramente, essa é uma história que vale a pena ser contada”!, finalizou.
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