No mês de abril foi realizado em dois dias, o Summit da Indústria Automotiva, evento on-line e gratuito, realizado pelo Estadão e apresentado pela Stellantis com o propósito de debater o futuro e os desafios do setor.
No primeiro dia, Antonio Filosa, Presidente da Stellantis na América do Sul, abriu o evento e convidou os presentes para um debate sobre inovação e a tecnologia como foco para o desenvolvimento do setor de mobilidade e transporte. “O futuro da indústria e da mobilidade sustentável será construído com muito diálogo. Queremos ouvir a opinião pública, o setor público e toda a sociedade, para definir os melhores caminhos e as melhores escolhas. Este é um processo que vai além da própria indústria, pois estamos falando de novas tecnologias, de mais empregos, atração de novas indústrias e, sobretudo, de desenvolvimento econômico e social”, afirmou Filosa, que também participou de um painel no segundo dia, ao lado do Presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, e do Presidente do Sindipeças, Cláudio Sahad.
Quando questionado sobre a competitividade na indústria automotiva e especialmente no Brasil, o país de grandes oportunidades e igualmente de grandes desafios, Filosa lembrou que as dificuldades se concentram da porta para fora das unidades fabris. “Da portaria para dentro realizamos os mesmos investimentos em qualquer País que mantemos nossas fábricas, ou seja, são os mesmos investimentos em equipamentos, tecnologias, a mão de obra recebe a mesma qualificação, portanto, temos o mesmo carro. O gap da competitividade no Brasil está do nosso portão para fora e envolve três questões: a alta carga tributária; os problemas de infraestrutura dos portos, aeroportos, ferrovias, estradas, como também relacionados aos dados móveis, neste caso dependendo de avanços em tecnologias como a 5G; e o terceiro ponto é a desigualdade dentro do próprio território brasileiro. Sabemos que há uma enorme dificuldade pelo fato de o País ter dimensões continentais, mas para o Brasil ser mais competitivo, precisaria haver uma equalização do PIB entre as regiões”, pontuou Filosa.
Um outro assunto tratado no Summit foi o comportamento do consumidor e sua busca por veículos compartilhados ou por assinatura, tendo a participação do Alexandre Aquino, Vice-Presidente da marca Jeep para América do Sul. Aquino reforçou que a proposta da Montadora com o serviço de assinatura FLUA! é que o consumidor tenha a sua experiência com a marca Jeep e explore os seus atributos, cobrindo todos os perfis de clientes com uma oferta adequada para cada um. “O bacana desta modalidade de negócio é que conseguimos oferecer carros que são exclusivos no segmento e o cliente pode experimentá-los, com isso abrimos mais um canal para a marca tocar o cliente interessado na Jeep”, finalizou Aquino.