Marca atinge índices inéditos e pode chegar a 12 meses na liderança do segmento SUV
No período da manhã do dia 27 de setembro da Convenção ABRAJEEP 2022 foi realizada a Reunião Comercial Jeep conduzida pelos Executivos da Stellantis.
Antes de iniciar a sua apresentação, Everton Kurdejak, Vice-Presidente Sênior de Operações Comerciais da Jeep e Ram para o Brasil, chamou por videoconferência, Antonio Filosa, CEO da Stellantis para a América do Sul, que não pôde estar presente por razões profissionais.
“Tinha planejado estar com vocês na Convenção para participar deste momento tão especial e importante de relacionamento. Aliás, a palavra-chave é relacionamento! Criamos com a Associação e toda a Rede uma relação baseada em transparência e ética, sempre visando o nosso crescimento e o de vocês. E, tenho certeza que assim seguirá com a nova Diretoria da ABRAJEEP. Sobre a minha ausência, nos últimos dias tive mudanças em minha agenda global, impedindo a viagem a Las Vegas. Fiquei bastante triste, mas sei que a decisão foi a mais acertada, pois é muito importante a minha participação nesta reunião, em que falaremos do futuro e estratégias das marcas Jeep e Ram para a América Latina. Preciso ganhar algumas pequenas batalhas para a prosperidade do nosso negócio, do negócio da Rede e das marcas Jeep e Ram. Espero que entendam”, explicou Filosa.
No entanto, o CEO da Stellantis já deixou marcado um encontro em novembro na sede da ABRAJEEP com Eduardo Meneghetti, Presidente eleito da Associação, e Roberto Figueiredo, Vice-Presidente eleito, para conversarem, reverem as demandas e falarem do futuro.
Filosa aproveitou a ocasião para enfatizar o ótimo relacionamento que existe entre a Montadora, Rede e Associação. “O relacionamento se constrói quando se tem certeza da direção a ser seguida. E a direção no nosso caso é da prosperidade para que continuemos evoluindo. Hoje temos muitas razões para celebrar. Esta é uma das Redes mais próspera, eficaz e, claramente, mais desejada do Brasil. Os indicadores mostram o comprometimento com o cliente e os dados do NPS evidenciam isso com o market share. Somos anos líderes no SUV, este ano até o momento somos líderes todos os meses, vamos comemorar estas importantes conquistas, este excelente relacionamento, a transparência, a comunicação e o engajamento na construção deste sucesso. Além disso, temos que construir o futuro e apesar dos problemas que a indústria automotiva vem sofrendo, refletindo na produção, estamos bastante otimistas. Teremos lançamentos, estamos trabalhando forte o nosso atual line-up e vamos nos concentrar nas formas de capturar mais clientes e incrementar o que temos. Tenham certeza que a Stellantis está sempre estudando onde e como melhorar. Nem sempre conseguimos atender as demandas da Rede, mas saibam que buscamos alternativas. A minha mensagem final é: espero que na cidade de tantas celebridades, nos próximos dias as maiores celebridades sejam todos você que compõem a Rede, seja o time Stellantis e da ABRAJEEP, que considero uma das Associações mais inovadoras do mercado. Que seja a mais linda das Convenções”, despediu-se Filosa.
AS ESTRATÉGIA E OS NÚMEROS
Dando continuidade à Reunião Comercial da Jeep, Everton Kurdejak destacou o andamento do Programa DNA Jeep 2022, que revelará os melhores Concessionários em vendas, performance e NPS (qualidade) e aproveitou o momento para apresentar as três opções de destinos para a viagem de premiação que ocorrerá entre abril e maio de 2023, com experiências extremamente elegantes, sem perder a característica e espírito Jeep. Foram selecionados Mendonza/Ushuaia, Deserto do Atacama e Curaçao/Aruba. Everton orientou à Rede participar da votação para a definição do local, que foi revelado no jantar de encerramento da Convenção.
OS NEGÓCIOS
De acordo com Kurdejak, a projeção para o mercado brasileiro neste ano pode chegar a 2 milhões de unidades de carros emplacados, muito embora a capacidade instalada no País seja muito maior, ainda há a falta de componentes, além da desaceleração do mercado e a alta de juros. Em 2020, foram quase 2 milhões de emplacamentos, vindo de seis meses catastróficos e seis meses de recuperação. Já em 2021, o mercado brasileiro, assim como aconteceu globalmente, foi freado pela falta de componentes. Em resumo, cada ano teve sua particularidade e desafio, mas são, praticamente, três anos de estabilidade.
O SEGMENTO SUV
O segmento se transformou desde 2014, quando vendia menos de 300 mil unidades de SUV em um mercado de 3 milhões de veículos, representando apenas 9%. Hoje, a Jeep está em linha no mercado global e o SUV é o maior setor (36%), e não é à toa que quase todas as marcas lançaram um SUV. Atualmente, a Jeep concorre praticamente com todas as marcas com mais de 700 mil carros.
Nos resultados da Jeep, em 2017, foram 3 mil carros emplacados, era a 17ª marca de SUV no Brasil, já com o lançamento do Renegade, em 2015, a marca chegou na segunda posição.
A primeira posição chegou em 2016 com o lançamento do Compass e se mantém há quase sete anos seguidos. “A liderança que chamamos de verdadeira, que não depende de locadoras, tampouco uma versão exclusiva PCD que é pouco rentável, veio em 2021, fomos líderes e vendemos mais carros para os clientes finais do que qualquer outra Montadora no mercado de SUV”, afirmou Kurdejak.
Agora em 2022, a Jeep não só tem essa liderança verdadeira, como tem um fator inédito, foi líder nos oito primeiros meses do ano e tem a chance de ser líder nos próximos 4 meses. Essa liderança veio mesmo com os problemas nas entregas de carros devido a falta de semicondutores e de qualidade que fez a Jeep parar a fábrica e perder mais de 5 mil carros – decisão tomada em conjunto com a Associação -, já que havia chegado em um nível inadmissível. “Ainda assim, atingimos esses excelentes índices. Este ano está sendo o mais difícil para a nossa marca devido à falta de componentes (questões dos semicondutores e logístico), o que fará com que a nossa entrega oscile entre 140-145 mil carros. De janeiro a agosto de 2022 produzimos 12 mil carros a menos quando comparado ao mesmo período de 2021. Mas, a Rede de Concessionárias comercializou 4 mil carros a mais em relação de janeiro a agosto do ano passado. Cortamos a possibilidade de compras para os funcionários, a venda para as locadoras, para o Governo e focamos em nossa Rede, que realizou um excelente trabalho, pois mesmo produzindo 12 mil carros a menos, os nossos
Concessionários venderam 4 mil carros a mais. Isso é parceria!”, finalizou Everton.
RESULTADOS FINANCEIROS DA REDE
Na sequência do que foi apresentado por Everton Kurdejak, João Paulo Toscano Filho, Diretor do Desenvolvimento da Rede Jeep, trouxe os resultados financeiros.
No ROS – Resultados Operacionais em valores absolutos e médias mensais, em 2020, a Rede fechou o ano com mais de R$4 milhões e 444 mil (média por grupo). Em julho de 2021, a Rede estava com R$4 milhões e 971 mil (média por grupo). “Isso mostra muito claramente que conseguimos sobreviver no período de pandemia com muita força”, afirmou João Paulo. O ano de 2021 fechou com R$9 milhões e 658 mil (média por grupo) de resultado operacional na Rede de Concessionário Jeep.
Segundo o Diretor do Desenvolvimento de Rede, este ano a Jeep deve romper a barreira dos R$ 10 milhões média grupo de resultado operacional.
Em 2020, ano de pandemia, a taxa básica de juros foi muito baixa, e o retorno do negócio dos Concessionários ficou basicamente estável. Em 2021, ainda saindo da pandemia, salta de 19,4% para 31% o retorno do dinheiro dos Concessionários e a taxa básica de juros começa a fazer o movimento do Banco Central, ou seja, conter a inflação e chegar a 9,3%.
Em 2022, essa diferença está começando a reduzir um pouco do que foi 2021, mas está mantendo o patamar do retorno acima dos 30%. “E, nós sabemos que esse patamar de taxa básica de juros, de 13,3% não é convencional. Nós já temos inclusive a expectativa, do Copom, principalmente para o ano que vem, haver essa redução. Isso é motivo de comemoração dos resultados das parcerias, de todas as ações comerciais, dos lançamentos, controle de Rede de Concessionários e controle de custos operacionais”, explicou João Paulo.
NOVO PADRÃO DAS CONCESSIONÁRIAS
No oitavo ano da Rede Jeep no Brasil, as lojas ganham um novo visual, um novo padrão. Na Convenção em dezembro do ano passado, na Praia do Forte, foi antecipado o que seria o padrão novo. Depois de muitas discussões, chegou-se a uma conclusão num consenso global aprovando o padrão.
“Nós não podemos parar, precisamos estar preparados para a próxima década, estamos vendo modelos novos, a Rede de Concessionários necessita acompanhar essa evolução da marca em sua estrutura física para receber os clientes”, fortaleceu João Paulo.
De acordo com o Diretor do Desenvolvimento de Rede, ficou acertado com a ABRAJEEP o cronograma da revitalização das 165 lojas da Rede, divididas em três blocos, sendo o primeiro em 2022, com 20%, ou seja, 33 Concessionárias (só da Rede Jeep). Em 2023, 60%, o que representa 99 lojas e em 2024, outras 33 lojas o que equivale os 20% restante. Lembrando que será possível fazer saque do fundo para essa reforma.
Uma novidade também foi apresentada durante a Convenção. O conceito S.D.J – Smart Dealer Jeep que atenderá a demanda por uma expansão inteligente da Rede, protegendo as premissas do negócio. João Paulo explicou que a Jeep irá avaliar, com bastante critério, a aplicação deste conceito dentro das áreas operacionais já existentes ou novas nomeações, ressaltando que nas praças que comportam uma Concessionária plena, não haverá o S.D.J.
O conceito traz uma estrutura enxuta com operação muito prática, mantendo o padrão de marca. Ao invés de ser um showroom de exposição de carros novos, os carros assumirão duas funções: exposição e test-drive. “Haverá a entrega do carro 0km e o Concessionário usará o estoque da sua matriz para os vendedores realizarem a venda”.
Everton complementa: “não é expandir a Rede para praças que deveriam ter uma Concessionária plena é levar o Pós-Vendas mais perto do cliente onde já temos clientela e para ajudar nestes custos, colocamos nessas unidades a entrega do carro 0km e test-drive”.