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Conheça as histórias de um dos principais destinos de hospedagem de luxo na cidade de São Paulo ao lado do Parque Burle Marx
Nos dias 20 e 21 de novembro de 2023 acontecerá a Convenção ABRAJEEP 2023. Esta edição será na cidade de São Paulo e o local escolhido foi o Palácio Tangará, na região do Panamby, um dos bairros mais nobres da cidade.
Como curiosidade e para contextualizar o local do evento, a ABRAJEEP Press traz nessa edição um pouco da história do Palácio Tangará, hoje, considerado um dos melhores hotéis luxuosos do Brasil, localizado no coração de uma pequena reserva urbana de Mata Atlântica, conhecida como Parque Burle Marx, uma área verde exuberante de aproximadamente 130 mil metros quadrados.
TANGARÁ E SUA HISTÓRIA
A sua história começa na década de 40 com a chácara Tangará, propriedade do magnata paulista Francisco Matarazzo Pignatari, mais conhecido como Baby Pignatari, um dos herdeiros clã da família Matarazzo.
Na década de 50, Baby Pignatari viu na propriedade a oportunidade de construir uma residência para prestar uma homenagem à namorada, atriz, socialite e princesa alemã Ira von Fürstenberg. Para isso, contratou o arquiteto Oscar Niemeyer, responsável pelo projeto, e o arquiteto paisagista Roberto Burle Marx, responsável por projetar jardins que enfeitassem a mansão. Infelizmente, o casamento naufragou, o projeto foi paralisado por vários anos e ficou abandonado até os meados dos anos 80, quando faleceu o único herdeiro, Giulio Cesare, filho do primeiro casamento de Baby Pignatari.
Diante do projeto da mansão, sobreviveu apenas o jardim de Burle Marx com florestas tropicais e algumas fontes e espelhos d’água.
Só em 1991, o arquiteto paisagista Roberto Burle Marx voltaria à Chácara Tangará para reformular o trabalho que havia iniciado quando contratado pelo empresário Pignatari para se tornar o parque que é hoje. Ainda na década de 90, degradada, a mansão projetada por Oscar Niemeyer foi demolida, visando um projeto idealizado pelo grupo americano Birmann: a construção do Palácio Tangará Hotel e Spa em seu lugar.
As obras foram iniciadas em 1998, mas foram paralisadas três anos depois, quando o grupo Birmann enfrentou uma grave crise financeira. A dificuldade em encontrar um novo investidor deixou a obra parada por mais de uma década. Em 2014, a construção foi retomada pelo grupo hoteleiro alemão Oetker Collection, que possui diversos hotéis butiques mundo afora, como o Le Bristol, de Paris.
E finalmente, após duas décadas foi inaugurado no dia 10 de maio de 2017 o Palácio Tangará, um dos principais destinos de hospedagem de luxo na cidade de São Paulo ao lado do Parque Burle Marx.
O HOTEL
O hotel conta com 141 quartos, incluindo 59 suítes, todas decoradas com bom gosto e equipadas com comodidades modernas com vista privilegiada para o parque Burle Marx.
Além disso, o Palácio Tangará tem piscinas interna e externa, fitness center, terapias relaxantes no Lancôme Absolue Spa, Kids club e, aos finais de semana, monitoria infantil. Também traz opções de entretenimento musical e gastronomia renomada nos restaurantes Tangará Jean-Georges e Pateo do Palácio, além de instalações para eventos e conferências.
Para os amantes de vinho, o Palácio Tangará possui quatro adegas – sendo que três delas, com capacidade para 7.500 rótulos.
O Palácio Tangará une o estilo neoclássico à fauna e flora brasileira. O que muitos não sabem, é que seu nome é uma homenagem ao Tangará da Amazônia, pássaro multicolorido da fauna brasileira. Outro detalhe, é que o logotipo é composto por dois pássaros que, de costas, formam uma borboleta. Afinal, Panamby, bairro do hotel, significa ‘pequena borboleta’ em tupi-guarani.
Desde 2018, como parte da política de Responsabilidade Ambiental, o hotel se dedica à preservação das abelhas sem ferrão, auxiliando assim a polinização da flora ao redor do Palácio Tangará.
Desde a sua inauguração, o Palácio Tangará tem recebido elogios por sua arquitetura elegante, serviço impecável e atenção aos detalhes, tem sido frequentemente escolhido como local para eventos de prestígio e tem atraído visitantes de todo o mundo em busca de uma experiência de hospedagem luxuosa em São Paulo.
PARQUE BURLE MARX
Inaugurado em 29 de setembro de 1995, através do Decreto nº 35.537/95, foi criado, como já mencionado, pelo arquiteto-paisagista Roberto Burle Marx para integrar os jardins da mansão projetada por Oscar Niemeyer a pedido do magnata Baby Pignatari para prestar uma homenagem à namorada, a princesa alemã Ira von Fürstenberg. A casa nunca foi concluída ou habitada e, nos anos 1990, demolida.
Em 1991, um plano de restauração executado pelo próprio Burle Marx requalificou o jardim lateral da casa, o único que havia sido construído de todo o conjunto do projeto. Em 1995, os jardins foram aproveitados para dar lugar ao parque.
Com uma proposta mais contemplativa, o jardim de Burle Marx é a principal atração, com suas palmeiras imperiais, um conjunto de esculturas do painel de altos e baixos relevos, espelhos d’água, além de um belo pergolado e um gramado de duas cores que imita um tabuleiro de xadrez. Outro destaque é a Casa de Taipa e Pilão, que representa um processo milenar de construção que foi trazida pelos portugueses.
A flora do local é composta por espécies remanescentes da Mata Atlântica e do reflorestamento de eucaliptos, possui áreas ajardinadas onde se destacam espécies como palmeiras, andá-açu, marinheiro, pau-brasil, abacate e palmeiras imperiais. Já a fauna é formada por mais de 90 espécies de animais, incluindo aquáticas.
Após a inauguração, o Parque Burle Marx se tornou um importante espaço de lazer e cultura para os moradores de São Paulo. Com uma área total de aproximadamente 138 mil metros quadrados, o parque oferece uma grande variedade de atividades, como caminhadas, piqueniques, prática de esportes e contemplação da natureza. Além disso, abriga um centro de exposições, onde os visitantes podem aprender mais sobre o trabalho de Burle Marx e sua contribuição para a arquitetura paisagística brasileira.